Segunda-Feira
Santa
Os primeiros dias da Semana Santa são marcados pela
preparação, mais imediata da Páscoa. A Sagrada Liturgia usa o “método vivo” que
envolve a quase reconstituição dos acontecimentos, que o Senhor vivenciou nos seus
últimos dias de vida terrena. Neste dia, se reflecte, em um momento de
descanso de Jesus, na casa de uma família que Lhe era, muito estimada. A casa
de seu amigo Lázaro (a quem Ele havia ressuscitado), e de Marta e Maria
Madalena. (Jo 12, 1-11).
Faltavam
seis dias para a Páscoa. E, enquanto estavam a jantar, Maria tomou um vaso de
nardo (um perfume autêntico e muito caro), e ungiu Jesus nos pés, e depois
enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se da fragrância do perfume. Tal
gesto foi de imediato criticado por Judas Iscariotes, que hipocritamente logo
alegou que o dinheiro que valia o perfume (valor calculado em trezentos
denários, o equivalente a um ano de salário de um trabalhador), poderia ter
sido dado aos pobres.
Jesus
ignorou a crítica e, saindo em defesa de Maria, justificou o “esbanjamento da
unção”, estas palavras: “Antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
Asseguro-vos que em qualquer parte do mundo onde se proclame o evangelho, se
recordará o que ela fez”. Jesus relacionou o pormenor afectuoso, com o seu
significado mais profundo: anúncio da Sua própria morte, sepultura e
ressurreição. O aroma que encheu a casa previa, a fragrância do amanhecer da
ressurreição no domingo da Páscoa.
Terça-feira
santa
È o dia, em que com grande tristeza, Jesus anuncia a
sua morte, causando grande sofrimento aos seus discípulos. Anuncia também a
traição, e indica o traidor.
Judas
sai possuído por Satanás, para trair o seu mestre.
(Jo
13,21-33_36-38)
Com isto
Jesus, manifesta em pleno o Seu amor por todos nós, e consciente aceita o
destino que O aguarda, como forma de mostrar ao mundo a glória de Deus, e
assim, para que a Sua salvação chegue até aos últimos confins da terra.
Quarta-feira
Santa
É o 4º dia da Semana Santa, e é o dia em que se encerra
o período quaresmal. Em algumas igrejas, celebra-se ainda neste dia a piedosa
procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos, com Nossa Senhora das Dores.
Ainda há igrejas que neste dia celebram o ofício das trevas, lembrando que o
mundo já estava em trevas aquando da proximidade da morte de Jesus Cristo.
No
evangelho deste dia, é-nos apresentada a traição de Judas, descrevendo-nos como
este foi ter com os chefes dos sacerdotes, a quem se ofereceu para trair o
Jesus. Aceita assim, trinta moedas de prata como recompensa da sua
traição.
(MT
26,14-25).
QUINTA-FEIRA
SANTA
È o dia da Última Ceia de Jesus Cristo com seus
Apóstolos, onde Jesus humildemente lavou os pés dos seus 12 discípulos. É no
momento do lava-pés que Judas Iscariote sai, para entregar Jesus em troca das
30 moedas de prata. (Jo 13,1-15) Foi aqui , que Nosso Senhor Jesus Cristo
instituiu o Santo Sacrifício como sua eterna memória, e em seu último discurso,
encorajou os discípulos a amarem-se uns aos outros. Depois Jesus dirigiu-se ao
monte de Getsêmani, tomou consigo três discípulos, e começou a sua agonia nos
jardins, onde foi preso pelos judeus.
A
Quinta-feira Santa marca a transição de Quaresma para o Tríodo Pascal.
Na
Quinta-feira Santa acontecem as Missas dos Santos Óleos ou Missa do Crisma
(nesta Santa Missa são benzidos os óleos do crisma, dos enfermos e do baptismo,
onde também os sacerdotes renovam seus votos, e promessas sacerdotais diante do
Bispo), e a"Missa da Ceia do Senhor" (nesta celebração encontramos o
tradicional rito do “lava-pés” onde lavar os pés do sacerdote para alguns
membros da comunidade, em gesto simbólico), lembra a última ceia de Jesus, em
que Jesus instituiu o sacerdócio, e o serviço com ele ligados: (1º Coríntios 11,23-26)
”Irmãos: 23.O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite
em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24.e, depois de dar graças,
partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha
memória”. 25.Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse:
“Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes,
fazei isto em minha memória”. 26.Todas as vezes, de fato, que comerdes deste
pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que
ele venha”.
É nesta
noite que Jesus é preso, interrogado e ao amanhecer de sexta-feira, açoitado e
condenado. A Igreja inicia em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos
começados por Jesus nesta noite. A Igreja reveste-se de tristeza desnudando os
altares, onde são retirados todos os enfeites, toalhas, flores, e velas (tudo
para simbolizar que Jesus está preso e consciente do que vai acontecer Ele, em
seguida).
Sexta-feira
Também chamada de Sexta-feira da Paixão. Relembra, o dia em
que Nosso Senhor Jesus Cristo é crucificado (após sua prisão, Jesus é julgado e
açoitado; recebe a coroa de espinhos na cabeça; é levado á presença de Pilatos,
e depois de condenado carrega com a sua própria cruz, até ao monte Calvário; ao
meio-dia é crucificado entre dois ladrões e por volta das três da tarde, Jesus
morreu... o Seu corpo foi depois retirado da cruz, e colocado num sepulcro
cavado na rocha, pertencente a José de Arimatéia).
(João
18,1—19,42)
Sexta-feira
Santa, é o primeiro verdadeiro dia do Tríodo Pascal, que abraça e celebra os
mistérios da morte (sexta-feira), do sepultamento (sábado) e da ressurreição
(noite de sábado e domingo durante todo o dia) do Senhor. É celebrada a solene
acção litúrgica, da Paixão do Senhor, e acontece a Adoração da Cruz. Os
celebrantes usam vermelho, a cor dos mártires. Em alguns locais realiza-se a
Procissão do Senhor Morto.
Neste
dia, é praticado o jejum, e a abstinência da carne em sinal de penitência e
respeito pela morte de Jesus Cristo. È recitada a Via Sacra no seu ponto mais
alto.
SÁBADO
SANTO
Também era chamado de Sábado de Aleluia! Jesus permanece
no sepulcro. Na Vigília Pascal, os fiéis ainda estão à espera, na esperança da
ressurreição.
Neste
dia, como no dia anterior, não se celebra a Eucaristia. A única celebração é a
da Liturgia das Horas (oração pública e comunitária com o objectivo, de
recordar e despertar a reflexão, sobre o que é a obra de Deus). O único
Sacramento permitido neste dia é o da Confissão.
No Sábado Santo, inicia-se a Vigília Pascal, ao
final do dia, e termina com o amanhecer da Páscoa. (aonde se realiza a primeira
entoação do Glória). Durante a execução da Vigília, o celebrante abençoa o
fogo, símbolo do esplendor de Cristo ressuscitado que começa a dissipar as
trevas do pecado e da morte.
PÁSCOA
DOMINO
Domingo de Páscoa é o dia da ressurreição, onde Jesus se
levanta de sua sepultura, e vence a morte. É o dia do grande milagre! O dia em
que Cristo volta à vida através da Sua Ressurreição de entre os mortos. É
o dia em que se celebra a vida, o amor e a misericórdia de
Deus. Após morrer na cruz, o corpo de
Cristo é colocado em um sepulcro, onde permaneceu por três dias, até o Domingo
de Páscoa, altura em que Ele Ressuscita. (Mateus 28,1-10) (João 20,1-9)
“Não
tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui!
Ressuscitou, como havia dito!”
Em alguns
locais executa-se a procissão da Ressurreição
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