Programa Trator Solidário terá mais R$ 140 milhões do Banco do Brasil
27.NOVEMBRO.2015
O Governo do Paraná fechou convênio com o Banco do Brasil para
o financiamento de mais R$ 140 milhões para o programa Trator
Solidário, que subsidia a compra de equipamentos agrícolas para
agricultores familiares.(Foto: ANPr)
O
Governo do Paraná fechou convênio com o Banco do Brasil para o
financiamento de mais R$ 140 milhões para o programa Trator Solidário,
que subsidia a compra de equipamentos agrícolas para agricultores
familiares. Os recursos valerão para as próximas duas safras (2015/206 e
2016/2017). A previsão é que o volume financie a compra de até 2 mil
máquinas agrícolas – entre tratores, colhedoras e pulverizadores – nos
próximos dois anos.
Pioneiro
no Brasil, o programa possibilita a compra de máquinas agrícolas – com
preços de 15% a 18% menores do que os de mercado. “Essa economia gerada
pelo programa Trator Solidário permite que o produtor aplique esses
recursos em outras áreas, como na aquisição de insumos e no uso da
tecnologia no campo, como correção do solo e aquisição de adubos e
sementes”, diz Gianna Maria Cirio, engenheira agrônoma do Departamento
de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do
Abastecimento.
Segundo
ela, há um retorno não apenas no uso de mais tecnologia, com máquinas
mais modernas, mas também no aumento da produtividade no campo. “Os
agricultores também ganham em flexibilidade. Podem fazer a colheita no
melhor momento, sem ter que esperar para alugar a máquina”, afirma.
COMO
FUNCIONA - O Trator Solidário é uma parceria da Secretaria da
Agricultura e do Abastecimento (Seab) com fabricantes de máquinas e
instituições financeiras. Os recursos vêm do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O programa é direcionado para os agricultores familiares, que representam 70% dos produtores e 280 mil propriedades no Estado.
Desde
2011, contabiliza R$ 218,9 milhões financiados. Nesse período foram
3.525 tratores, no valor de R$ 207 milhões, e de 35 colhedoras, de R$
11,9 milhões. Somente em 2015 foram entregues 600 tratores pelo programa
no Estado.
Também
nesse ano, o Trator Solidário – que apoiava até então apenas a compra
de tratores e pulverizadores - foi ampliado e passou a contemplar também
o financiamento de colhedoras.
NOVO
EDITAL - Um novo edital de concorrência para a escolha dos fabricantes
que vão fornecer as máquinas para a próxima safra deve ser divulgado em
dezembro. Pela primeira vez, vai contemplar também a aquisição de
tratores cabinados, uma reivindicação antiga dos produtores rurais. “É
uma demanda dos agricultores familiares, que dará mais segurança na
aplicação de agrotóxicos nos tratamentos das lavouras”, diz Gianna Maria
Cirio.
EXEMPLO
- Considerado referência no apoio ao pequeno produtor, o Trator
Solidário serviu de modelo para o programa similar do Governo Federal e
também já teve seu conceito exportado para outros países, como a Itália.
O projeto beneficia pequenas propriedades, com até 64 hectares, e renda
bruta anual de até R$ 360 mil.
Para
se enquadrar ao programa, pelo menos 80% da renda bruta da propriedade
deve vir da agropecuária e a mão de obra deve vir predominantemente da
família, com apenas um empregado permanente.
O Pronaf prevê juros anuais de 5,5% e período de 10 anos para pagar e dois anos, em média, de carência.
O
Estado é responsável pela equivalência em produto, utilizando-se de
recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). Os valores são
usados para os fins de subvenção econômica (bônus no valor das
prestações, quando o valor do preço médio do milho divulgado pelo Deral
ficar abaixo do valor do preço mínimo divulgado pela Conab).
O
convênio com o Banco do Brasil foi celebrado pela Secretaria da
Agricultura, Emater (Instituto Paranaense de Assistência e Extensão
Rural), e a Agência de Fomento Paraná, que tem R$ 3,23 milhões do FDE
para subvenção do programa. O prazo de vigência do convênio vai até 30
de setembro de 2017.
Além
do convênio com o Banco do Brasil, o Banco Regional de Desenvolvimento
do Extremo Sul (BRDE) deve definir, até o fim do ano, o valor do repasse
para o programa para as próximas safras, de acordo com Gianna.
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