Dezesseis dias após a prisão de Ellen Federizzi, a motivação para o
crime contra o marido dela, o policial militar Rodrigo Federizzi, começa
a ser delineada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Com todos os detalhes da reconstituição do crime, feita na manhã de
nesta quinta-feira (25), no apartamento da família e na zona rural de
Araucária, na região metropolitana, os investigadores partiram para os
esclarecimentos sobre a origem das discussões que culminaram na morte do
policial.
Em novo depoimento, no fim da reconstituição na tarde de ontem, novos
esclarecimentos trouxeram à tona o motivo que fez Ellen se encorajar
para matar o marido, embora não tenha sido planejado – segundo o que
apontam as investigações. A esposa do policial confessou ser viciada em
jogos de azar e ter perdido grande parte do dinheiro da poupança do
marido.
Além disso, ela disse ser compradora compulsiva e gastava com roupas,
acessórios e outros investimentos para o salão de beleza que ela
planejava abrir. Festas e viagens para a família dela também foram
mencionadas no depoimento, mas não há detalhes sobre de que forma esse
dinheiro era oferecido a eles. A quantia gasta por Ellen soma cerca de
R$ 48 mil.
Falso sequestro
Ellen também confessou que o sequestro relâmpago, ocorrido semanas
antes do crime, foi simulado por ela para que ganhasse mais tempo quanto
às cobranças do marido em relação ao sumiço do dinheiro. Sem cartões de
débito e crédito, Federizzi teria que esperar mais dias para acessar a
conta poupança, administrada pela esposa. A aliança que Ellen afirmou
ter sido roubada pelos sequestradores foi encontrada junto com a
documentação do carro da família, no porta-luvas.
Caso
Rodrigo teria sumido na manhã do dia 28 de julho e a esposa registrou
Boletim de Ocorrência (BO) no dia 30, alegando que ele tinha saído de
casa para resolver assuntos pessoais. A esposa do policial foi presa na
noite de quarta-feira (10) em casa, no bairro Tatuquara, em Curitiba,
após perícia minuciosa feita dentro da residência da família que, por
meio da substância química luminol, foi encontrado sangue humano no
quarto e no banheiro.
A casa estava totalmente limpa e o produto reagiu ao composto quando
analisado nos dois cômodos. Um serrote, também com marcas de sangue, foi
encontrado dentro da casa. O mandado de prisão de Ellen é temporária,
válida por 30 dias, e decretada pela 1ª Vara Criminal de Curitiba.
Rodrigo trabalhava na Secretaria de Segurança Pública do Paraná, setor
de monitoramento de tornozeleira eletrônica. Juntos, o casal tinha um
filho de 9 anos.
PORTAL BANDA B.
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