Por Marina Sequinel e Djalma Malaquias
O governo do Paraná propôs, após reunião na manhã desta quinta-feira (20), retirar de tramitação na Assembleia Legislativa (Alep) a emenda que suspende o reajuste salarial dos servidores em 2017. A condição para que isso ocorra é o fim da greve do funcionalismo público, que abrange os professores e policiais civis do Paraná desde o começo da semana.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, as
categorias têm até a próxima segunda-feira (24) para decidir se dão fim
às paralisações. “Do modo como está o quadro econômico do Paraná, o
governo não vê muito espaço para negociação. Mesmo assim, para abrir o
diálogo, nós resolvemos retirar a emenda que fala sobre o reajuste
salarial. Se não chegarmos a um acordo, vamos tomar todas as medidas
necessárias para termos o estado equilibrado financeiramente. Caso
a posição seja favorável, no mesmo instante fazemos a retirada na lei”,
disse ele em entrevista coletiva.
O termo de compromisso foi levado pelos sindicatos que representam os
servidores para ser avaliado por meio de assembleias. A secretária de
Finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, comentou que ainda não é
possível ter certeza sobre os próximos passos da mobilização. “Isso é o
que nós desejávamos, mas claro que todas as categorias devem debater nas
suas bases. O documento tira a emenda, mas ainda há muita subjetividade
no que está escrito. Por isso, ainda vamos discutir sobre isso hoje
para tomar uma decisão. Nós temos conhecimento da economia do Paraná e
sabemos que é possível sim garantir o reajuste. Caso contrário, vamos
continuar na luta”, afirmou.
Já o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, que representa os
policiais civis do estado, declararam que, independente do termo de
acordo, a categoria continua de braços cruzados. “A nossa questão é
outra, nem fomos convidados [para a reunião]. Para nós, nada mudou, o
dissídio é um direito e nós não lutamos só por isso. A comunidade sabe
que queremos servir e proteger, mas não temos pessoal nem material para
isso. Ainda não houve nenhuma negociação com a gente”, finalizou.
Até o começo da próxima semana, os servidores devem decidir se
aceitam ou não a proposta do acordo de retirar a emenda de tramitação.
BANDA B..
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